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Valorize frutas e legumes “feios”!

Responda rápido: no supermercado, quantas vezes você pegou um tomate meio torto ou um abacaxi com formato estranho e, sem pensar duas vezes, devolveu ao cesto? Supomos que algumas vezes, não? Esse é um hábito comum, e todos nós já nos pegamos escolhendo outra fruta ou legume com uma aparência mais bonita, mesmo quando o item “estranho” está igualmente adequado para o consumo.

Num universo em que o belo e o bom estão cada vez mais associados, nós escolhemos nossa comida (e vários outras coisas) por ser bonita, já que delimitamos que frutas, verduras e legumes saudáveis têm um determinado padrão na forma. Mas esse hábito é responsável por um enorme desperdício. Todos os anos, o equivalente a US$ 750 bilhões é registrado em perdas e desperdício de alimentos no mundo, seja por contaminação ou simplesmente pelo fato de um percentual de frutas, legumes e verduras serem considerados “feios”, ou seja, fora dos padrões estéticos para a venda em supermercados, hortifrutis e feiras. Os dados são da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em relatório sobre o custo anual com essas perdas. No Brasil, cerca de sete milhões de toneladas de frutas e aproximadamente seis milhões de toneladas de hortaliças são desperdiçados por ano. O volume seria equivalente a 30% e 35% do total produzido, respectivamente.

Mas felizmente, na contramão dessa prática, vemos ganhar força campanhas contra desperdício de alimentos fora do padrão estético, e um dos incentivos é a repercussão internacional que o programa da cooperativa de consumo Fruta Feia, de Portugal, vem tendo desde que surgiu, no final de 2013. Hoje, a iniciativa conta com 500 consumidores associados e impede o desperdício semanal de duas toneladas de alimentos. Produtos pequenos, grandes demais ou disformes e que não conseguem ser escoados para supermercados são selecionados pelo projeto e vendidos em  duas opções de cestas, com custos entre € 3,5 a €7, em postos de coleta. Os compradores são famílias cadastradas, predominantemente de baixa renda.

No Brasil, os esforços ainda são tímidos, mas já existem. Sacolões volantes vendem frutas e hortaliças para comunidades com baixo poder aquisitivo, por preços mais em conta. O controle de desperdício também está na mira das redes supermercadistas: uma rede atacadista já implantou algo parecido em suas unidades da Vila Maria e de Parelheiros, onde vende onze tipos de legumes e frutas com 40% de desconto. Outra rede de varejo criou oferta de alimentos com descontos de até 40%, que são apresentados em uma gôndola sinalizada dentro das unidades.

Ajustar o olhar, refletir sobre um consumo consciente e procurar possibilidades muda o mundo. Que tal, da próxima vez, levar pra casa aquele tomate tortinho?

To point out the absurdity of throwing away food for aesthetic reasons, photographer Patrice de Villiers created some posters. They show various misshapen fruits & vegetables with messages like “Ugly Potato--Voted Miss Purée 2013,? "The Ugly Carrot--In a Soup Who Cares?" and "The Failed Lemon--From the Creator of the Lemon." The images were commissioned by Intermarché, the third-largest grocer in France. It used them for its "Inglorious Fruits & Vegetables" campaign, which offered discounts for specimens that would normally be thrown away. "The most vital element was ensuring the ‘strange but lovable’ theme shone through," de Villiers said in an email. "[I] spent time observing our uglies trying to find the precise angle which showed both their ‘ugliness’ and their loveliness, finding their unique character." "It’s the taste that matters," she adds. "Given the vast amount of fresh produce needlessly thrown away, the sooner more supermarkets implement something like the Intermarché strategy the better." In fact, Intermarché only gave discounts at a few stores in a single French town, and only for a two-day period. But you get the photographer's point. It would be good if we started thinking about food for its taste, nutrition, and calorie value--not for how it appears on the shelves.