Postado 13 de outubro de 2020 em Saúde, Todos por Andreo
Luzes rosas pela cidade, outdoors e informações sobre o câncer de mama surgem em profusão todo mês de outubro. Você sabe a origem do Outubro Rosa?
Na década de 90, em Nova York, surgiu o movimento conhecido como Outubro Rosa. Por todo o território dos EUA, já existiam ações isoladas para combater a doença. Durante um evento chamado “Corrida pela cura”, alguns laços rosas foram distribuídos aos participantes. Posteriormente, eles se tornaram o um símbolo da luta contra o câncer de mama e a corrida passou a se repetir todos os anos.
Atualmente, o mês do Outubro Rosa é evidenciado pelo mundo todo, com envolvimento de governos, entidades e da população. Nós não poderíamos deixar de cumprir o nosso papel e de reforçar o nosso compromisso com a vida.
Neste texto, vamos dar um panorama sobre a doença e relembrar a importância do autoexame para um diagnóstico precoce.
Antes de mais nada, é importante entender o que é exatamente essa doença.
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada da mama. Esse processo de crescimento descontrolado gera células anormais que também se multiplicam e formam um tumor.
É o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. O tumor responde, atualmente, por cerca de 28% dos casos novos de câncer em mulheres.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, é o câncer que mais causa mortes e o mais comum nas mulheres brasileiras. Assim também, as mulheres consideram essa doença a mais temida, já que afeta a percepção da sexualidade e a imagem pessoal.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente. Existem vários tipos de tumores, mas alguns evoluem de forma mais rápida.
Segundo a última pesquisa da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), o câncer de mama é um dos três tipos de maior incidência. Juntamente com ele, estão o câncer de pulmão e o colorretal.
O câncer de mama é o que mais acomete as mulheres em 154 países dos 185 analisados. Uma em cada quatro mulheres que têm um caso de câncer diagnosticado têm câncer de mama, representando 24,2% do total. Ele é também o quinto em questão de mortalidade no mundo.
A incidência da doença aumenta em mulheres a partir dos 40 anos. Abaixo dessa faixa etária, a ocorrência da doença é menor, bem como sua mortalidade. Por outro lado, a partir dos 60 anos, o risco é 10 vezes maior.
À primeira vista, pode parecer que os homens estão imunes, mas isto não é verdade. Apesar de ser pouco comum, homens também podem ter câncer de mama, representando apenas 1% dos casos.
Para 2020, a estimativa é de 66.280 novos casos no Brasil. A previsão de casos fatais é de 26,8% destes casos, representando o total de 17.763 mortes.
Para este ano, o mote da campanha do Outubro Rosa é “Cuidado com as mamas, carinho com seu corpo”. Cuidar do seu corpo e ao mesmo tempo prevenir o avanço da doença pode ser simples. O autoexame regular é uma maneira muito eficaz. Apesar de ser uma doença grave, as chances de cura aumentam muito com um diagnóstico precoce.
Da mesma forma que a mulher deve estar atenta à saúde das mamas, ela também precisa conhecer seu corpo. Sabendo ouvir seu corpo, ela pode distinguir quais alterações são consideradas suspeitas.
A redução de risco e o diagnóstico precoce da doença seguem sendo os principais fatores para reduzir a mortalidade por câncer. Segundo o INCA, com essas atitudes, é possível reduzir em 28% o risco.
Muitas mulheres não sabem exatamente quais são as mudanças que seu corpo apresenta. A falta de informação gera muitas dúvidas sobre a doença. Para saber mais sobre mitos e verdades a respeito do câncer de mama, leia outro artigo do nosso Blog.
Afinal, como é possível perceber a manifestação do câncer de mama?
O sintoma mais comum do câncer de mama é o aparecimento de nódulo/caroço, geralmente endurecido. Assim também, existem outros importantes sinais, como:
Pouco se sabe sobre as causas do câncer, de forma geral. Do mesmo modo, o câncer de mama não tem uma causa única. Há diversas causas externas (presentes no meio ambiente) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). Os fatores podem interagir de diversas formas, dando início ao surgimento do câncer.
Por outro lado, existem fatores de risco, que podem facilitar o surgimento da doença. No mês do Outubro Rosa, vamos lembrar quais são esses fatores e pensar em mudanças de hábitos.
6 Fatores de risco relacionados ao câncer de mama
1- Excesso de peso ou obesidade;
2- Mama densa;
3- Falta de atividade física;
4- Histórico de câncer de mama na família;
5- Ter engravidado acima dos 30 anos;
6- Não ter amamentado.
A hereditariedade, consumo excessivo de álcool e o sedentarismo podem ser perigosos. Por isso, é essencial manter um estilo de vida saudável a fim de reduzir os riscos de contrair doenças. Hidratação em dia, alimentação balanceada e prática regular de exercícios físicos só trazem benefícios.
Desde já, lembramos que o autoexame da mama não é considerado um dos exames preventivos do câncer. Por outro lado, ele é essencial na detecção de sintomas, ajudando num possível diagnóstico precoce.
O autoexame deve ser feito uma vez por mês, todos os meses. Idealmente entre o 3º e o 5º dia depois da menstruação. Neste ínterim, as mamas estão mais flácidas e indolores. Mulheres que já não menstruam podem escolher uma data fixa para esse cuidado mensal.
São 3 passos principais para fazer o autoexame: observação em frente ao espelho, palpar a mama de pé e palpação deitada. Em cada uma das etapas, a mulher deve buscar conhecer seu corpo e procurar por possíveis alterações. Para ter um passo a passo mais detalhado de como realizar o autoexame, clique aqui.
Mulheres acima dos 40 anos ou após os 20 (com histórico de câncer na família) devem realizar o autoexame. Este exame das mamas pode ser igualmente feito por homens, já que também podem sofrer com este tipo de câncer.
A indicação de tratamento varia de acordo com o estágio em que é identificada a doença, bem como do tipo de tumor. Conheça os principais tipos de tratamento para o câncer de mama:
– Hormonioterapia
Alguns tipos de câncer de mama são estimulados por hormônios sexuais femininos. Este tipo de terapia busca impedir a atuação dos hormônios sobre os receptores, quando estes estão presentes nas células tumorais.
– Quimioterapia
A quimioterapia pode durar vários meses quando aplicada como prevenção contra o reaparecimento da doença. Ela consiste na aplicação de remédios, geralmente por via intravenosa. Os medicamentos têm a função de impedir o crescimento desordenado das células anormais, eliminando-as.
– Radioterapia
Por outro lado, este tratamento é geralmente indicado para mulheres que realizaram a retirada cirúrgica do tumor. O tratamento utiliza a radiação ionizante aplicada diretamente no local onde se localizava o tumor. Assim, é possível eliminar ou impedir a propagação das células que formam o câncer.
– Cirurgia
Definitivamente, este é um dos métodos mais agressivos e invasivos. A remoção dos tumores das mamas retira o tumor primário, deixando as margens de ressecção livres de doença. Dessa forma, a extensão da cirurgia vai depender da região afetada e do tamanho do tumor a ser retirado e do volume das mamas.
– Terapia-alvo
Também chamada de tratamento de precisão, é um tratamento personalizado, de acordo com o tipo de câncer da paciente. A terapia-alvo age com o objetivo de inibir a ação das células cancerosas e reduzir o crescimento tumoral. É uma alternativa recente, que apresenta maior eficácia e menos efeitos colaterais.
E você, já fez o autoexame alguma vez? Compartilhe este texto e estimule um estilo de vida saudável para as mulheres da sua vida. Entre na luta para combater o câncer de mama!